Era um idiota.. Admito isso. Porquê? Bem, como todo mundo sabe a arte e design de monstros presente em Dragon Quest foram desenvolvidos pelo mestre Akira Toriyama. Acontece que eu nunca achei muita graça nos desenhos mais famosos dele, principalmente Dragon Ball. Simplesmente por isso acabei por não jogar mesmo sabendo que fora produzido e desenvolvido pela grande Enix.
Acontece que depois de apreciar Chrono Trigger, eu já passava a admirar muito mais o trabalho dele. Mesmo assim, o ogro que vos fala nunca dedicara um tempo para este título famoso que nasceu lá na década de 80, há muitos aninhos atrás.
Conversando com o pessoal que acompanho em comunidades e fóruns acabei por me interessar. Basicamente pela forte influência de um amigo que é apaixonado pela série e logo decidi me aventurar na versão SNES. Realmente confirmei ser um clássico, restando o óbvio:
Era um sujeito patético e preconceituoso, digno de uma pancada na costela direita!
Por sorte não permaneci um imbecil por muito tempo, fui salvo, ROTO seja louvado!
Depois de redimido vamos aos dados técnicos:

Lançamento:
1994 (Japão)
1994 (Japão)
Desenvolvimento, Distribuição:

Plataforma: (Super Famicom / Snes)
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Falo sobre a versão NES em outra ocasião, por hora vamos falar exclusivamente do remake. Devido ao sucesso de Dragon Quest no oriente a Enix teve a ideia de relançar em uma qualidade superior e com alguns bônus os dois primeiros títulos, as origens, para o console em alta na época, o Super Famicom (SNES).
Apesar do fato de Dragon Warrior fazer bastante sucesso aqui, na época tudo era cheio de burocracia e este remake não foi lançado longe da terra do sol nascente, para nossa infelicidade. Como o mundo não é tão injusto assim, boas almas do grupo RomHacker RPG_One traduziram o dito cujo para o inglês. Assim as pessoas menos felizes como nós, que não falamos japonês, poderíamos jogar. A bondade foi tanta que até uma versão em português foi liberada, sendo assim não perca tempo, play it now!
Advirto para se concentrar muito, pelo menos no primeiro título. Ele não é tão difícil mas pode te frustrar facilmente, exige observação de ninja, míseros detalhes podem fazer com que você fique preso em um evento. Recolher os itens necessários para que seja possível concluí-lo pode levar algum tempo e paciência. Ao meu ver, isto marca positivamente, porém se você se frustra de maneira fácil pode ser um ponto negativo no game.
Mas é só um port simples? Não. É um remake, os detalhes da versão anterior foram mantidos de forma bem rica e o clima ainda é o mesmo. A dificuldade ainda é insana mas o gameplay se tornou mais macio e menos trancado. O sistema de batalha ainda é o mesmo, por turnos, assim como o sistema randômico de encontros de batalha.
Os gráficos ficaram o mais próximo possível dos originais, refinados, muito bonitos e mantido o estilo old que já havia sido usado em DQV. See it by yourself:
Muito do estilo gráfico e referencias que os ligam estão bem visíveis. As mudanças de um título para o outro foram mantidas. Caso não esteja familiarizado, são elas:
- Party, em DQ II você começa sozinho e gradualmente você faz parceiros em sua jornada;
- Múltiplos inimigos, por vezes mesclados como na imagem acima;
- O cenário de batalha passa de um pequeno quadrado à um gigante retângulo, esbanjando beleza e perfeição nos planos de fundo e efeitos, vale lembrar que na versão original tudo não passava de um quadrado de fundo preto onde só se viam os inimigos;
Outra coisa bacana são alguns detalhes que para a época eram uma sensação: Estar andando pelo mapa e cada bloco no qual você se encontra poderia afetar e mudar o plano de fundo das batalhas entre montanhas, arvores, cavernas, desertos e afins.
Falei muito mas não disponibilizei o gameplay, vamos lá, conferindo tudo que foi dito:
Dragon quest I:
Dragon quest II:
É essencial não desviar de seu propósito e "grindar" muito, pois ao se desviar as batalhas ficam intensas abruptamente, os monstros ficam muito mais fortes e podem lhe trucidar com apenas um golpe. Mesmo seguindo adiante e não explorando o mapa a cada nova cidade ou evento, o nível de dificuldade de batalha aumenta notoriamente. Em Dragon Quest II original, existem áreas nas quais inimigos fortíssimos nos levam pro além em dois ou três golpes (um deles, uma espécie de macaco) mesmo em áreas de inimigos fracos ou à altura de seu level. Na versão de SNES isso foi corrigido, eles possuem agora metade de sua força e HP.
Nenhum segredo até então, é o sistema base de todo RPG, basta ir ao trabalho e conseguir os leveis necessários sempre atento à cada mínimo detalhe e nas coisas ditas pelos NPC's. Basicamente o segredo é este. Sua fama é de um game de dificuldade infernal, mas não é para tanto, basta concentração e raciocínio.
Um ponto notório: Os mapas não são tão grandes, no segundo título é maior. Não existem tantos lugares a serem visitados em DQI, porém ao transitar de uma cidade à outra tudo sobe muito de level e pode ficar bem mais difícil. Já em DQII o mapa é imenso, existem lugares essenciais que não estão nele mas você poderá ter noção de onde ficam se baseando em dicas de NPC's. Como não são dicas tão objetivas e mais como: "Dizem que existe um altar em algum lugar perto de montanhas em algum lugar, você precisa de uma estatueta pra ir lá, a estatueta está perdida..." você provavelmente terá de consultar o mapa no encarte ou na internet.
Um ponto notório: Os mapas não são tão grandes, no segundo título é maior. Não existem tantos lugares a serem visitados em DQI, porém ao transitar de uma cidade à outra tudo sobe muito de level e pode ficar bem mais difícil. Já em DQII o mapa é imenso, existem lugares essenciais que não estão nele mas você poderá ter noção de onde ficam se baseando em dicas de NPC's. Como não são dicas tão objetivas e mais como: "Dizem que existe um altar em algum lugar perto de montanhas em algum lugar, você precisa de uma estatueta pra ir lá, a estatueta está perdida..." você provavelmente terá de consultar o mapa no encarte ou na internet.
Sobre o enredo: Não é nada fenomenal ou complexo, mas é competente e simpática. É o caso da história simples que é bem apresentada e contada. Do primeiro para o segundo o enredo se tornou muito mais extenso e um pouco mais complexo. Deixarei uma pequena ponta de cada um.
DQI: Você é descendente de um bravo e destemido herói que salvou o mundo da escuridão e dos demônios que inundaram as terras, derrotando-os e usando para isso a "Ball Of Light". Item este que lhe foi dado pelo deuses há muitos anos atrás. Você precisa agora provar sua linhagem, após isso, enfrentar uma nova ameaça.
DQII: Ao derrotar a ameaça do primeiro game, o herói foi deixando vários reinos pelo caminho, todos com seus descendentes no reinado. Foi uma era de paz. Surge então Hargon muitos anos depois, querendo pôr fim nesta paz. Você, príncipe descendente, precisa unir força com seus parentes para combater a atual ameaça. Somente vocês podem, pois são descendentes diretos do grande herói Roto.
Há quem diga que não vê nada demais e que não sabe como algo assim virou clássico. De fato é bem simples, porém tenha em mente que foi um dos pioneiros do RPG eletrônico, em uma época de limitações de hardware. Não existiam obras semelhantes, sendo assim por ser uma premissa inédita foi fácil marcar sua existência. Hoje este tipo de enredo é batido, mas na época não era. Colocando a dificuldade exagerada de lado sua simpatia também ajudou.
DQII: Ao derrotar a ameaça do primeiro game, o herói foi deixando vários reinos pelo caminho, todos com seus descendentes no reinado. Foi uma era de paz. Surge então Hargon muitos anos depois, querendo pôr fim nesta paz. Você, príncipe descendente, precisa unir força com seus parentes para combater a atual ameaça. Somente vocês podem, pois são descendentes diretos do grande herói Roto.
Há quem diga que não vê nada demais e que não sabe como algo assim virou clássico. De fato é bem simples, porém tenha em mente que foi um dos pioneiros do RPG eletrônico, em uma época de limitações de hardware. Não existiam obras semelhantes, sendo assim por ser uma premissa inédita foi fácil marcar sua existência. Hoje este tipo de enredo é batido, mas na época não era. Colocando a dificuldade exagerada de lado sua simpatia também ajudou.
Não é todo mundo que tem paciência e colhões para RPGs de NES, por isso este remake pode ser sua salvação e te fazer conhecer a origem de tudo sem sofrer (muito). Boa sorte!
Clique aqui para acessar o detonado de Dragon Quest I (Contem spoilers)







13 comentários:
Excelente resenha, uma ótima série infelizmente pouco valorizada por essas bandas, fico feliz que tenha curtido, e agradeço a menção honrosa! xD
Só notei um pequeno possível erro, no caso, o herói lendário salvou o mundo de uma outra ameaça, se eu não me engano ele não chegou a confrontar o Dragon King, me corrija se eu estiver errado.
Recomendo que continue com a série, e jogue como próximo o III de SNES, acho um dos melhores da saga e tem um visual de encher os olhos, e claro, quando o terminar, poste uma resenha aqui.
Ah, por nada, eu que agradeço por mudar minha mind. Sim, tens razão. Viajei forte (Resultado da falta de sono me assusta). Erro corrigido. Obrigado.
Que bom que gostou. Sim, felizmente esta sendo mais conhecido.
Agora nos resta torcer pra que o X venha pra cá.
Só conheço a parte IX do Dragon Quest, vou seguir os seus passos e jogar os remakes de I, II e III e depois os remakes do DS.
Alias, feliz aniversário Rei Ark :)
Fala Maicon! Obrigado man. XD Mais velho, menos tempo pra jogar, tenso.
Talvez não goste muito devido à sua falta de paciência com jogos mais antigos, mas creio que pelo menos do III (Remix) você vai gostar, os gráficos são lindos.
Aliás, obrigado pela visita.
Muito bom, gostei do que li.
E só me incentivou ainda mais a corrigir meu erro de nunca ter jogado Dragon Quest. Depois que terminar Final Fantasy V de novo, vou ver se jogo ^^
Atenciosamente,
Sr. Kirby
Obrigado. Que bom que gostou ^^ Bom, você já tem uma tendencia aos clássicos, logo deverá gostar.
Huauahaha, normal, nem é erro.
Atenciosamente,
Sr. Ark da Cunha das Dinastia Reinada.
Aaaah, muito bom o review! E já me ajudou MUITO falando sobre a tradução de Snes, já que na época que eu procurei eu não achei nenhhuma 100% funcional e acabei jogando a versão de Gameboy! xD
Agora é criar coragem para começar a maratona... desde o início! :/
Grande Tony! Obrigado, cara. Que bom que curtiu.
É um jogo curto, bem o segundo nem tanto, nem exige tanta coragem. Rs.
Sim, está 100% funcional, isto é, não fale com o mago atras da porta que só abre com chave mágica em Maira, vai dar um bug, fora isso, está perfeito, joguei no Snes mesmo. (Eng)
As mecânicas de jogo no DQ2 de NES são impagáveis. Você tem de jogar só para rir. Há uns inimigos no jogo como o Mud Manequin que tiram seu MP todo com um ataque só.
É mais engraçado de assistir que jogar.
Não sei se algo mudou na versão SNES, já que você não falou dessas coisas.
Muito bom Ark! Fico até com vontade de jogar o jogo, caçarei as roms aqui!
Obrigado por linkar o meu post, apesar dele ser mais um diário com comentários do jogo do que um detonado bem organizado.
Por nada, eu que agradeço. Ajudará o pessoal com certeza, ainda mais em DQ que é um tanto underrated...
Obrigado pela visita ;)
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